3Doodler a Caneta 3D

Por dentro, o funcionamento lembra um pouco o das impressoras 3D. A 3Doodler usa altas temperaturas para derreter um plástico, que vai moldando a imagem de acordo com os movimentos do usuário. O resultado pode não ser tão rico em detalhes e preciso quanto o de uma impressora 3D, mas o preço compensa: a caneta custa apenas US$75, ou cerca de R$140.

Nos últimos tempos tem-se falado muito em impressoras 3D, uma tecnologia que veio para ficar. O problema é que os preços são demasiado altos para o comum dos mortais, mas a solução pode já ter sido encontrada: está a ser desenvolvida  uma caneta que vai permitir imprimir em 3D e que custa apenas 56 euros.

O projeto estreou nesta terça-feira (19/02) no Kickstarter e já alcançou bem mais arrecadações do que a meta de US$30 mil. Até o momento, mais de 9 mil colaboradores doaram um total de US$813,4 mil e, conforme o Venture Beat, os idealizadores do projeto já estão negociando com fábricas chinesas a produção do dispositivo.

Eles também planejam disponibilizar online alguns modelos para que as pessoas consigam “desenhar” objetos mais complexos, como a Torre Eiffel, por exemplo.

Até abril do ano passado o preço normal de uma impressora 3D rondava os 1500 euros, altura em que a MakerBot apresentou um modelo que rondava os 375 euros. O anúncio foi surpreendente já que o preço representou uma descida pouco habitual no mercado. Quanto ao projeto da caneta, está ainda a recolher.

Quanto à 3Doodler não é certamente uma impressora topo de gama, ninguém espera obter o mesmo resultado ao comprar uma impressora deste tipo ou comprar um outro modelo que custa seis vezes mais, mas o certo é que funciona com uma simplicidade incrível. Este projeto da Wobbleworks ainda está em processo de recolha de fundos para avançar de forma comercial e quem contribuir através do Kickstarter pode adquirir o gadget com um pequeno desconto, por apenas 37 euros, o mesmo preço de uma impressora normal.

Nesta caneta podemos encontrar um sistema de aquecimento que atua sobre o plástico que é inserido na parte traseira e que sai depois derretido na parte frontal. O funcionamento é idêntico ao de uma pistola de cola.

O problema, pelo menos para os utilizadores com pouca criatividade, está em conseguir desenhar alguma coisa. O método mais simples é desenhar diretamente no papel, mas para um verdadeiro desenho 3D é preciso ir distribuindo o plástico um por cima do outro até ao resultado final. Uma solução intermédia pode ser desenhar em 2D numa folha de papel e depois ir colando os vários bocados.

Para já a caneta necessita de estar ligada à corrente mas a empresa está a trabalhar numa versão que funcionará a bateria, tornando-se assim bastante mais portátil.

Nada como ver o vídeo de apresentação para perceber exatamente como tudo funciona.